AUTÓMATO DISSERTO





AUTÓMATO DISSERTO


Projecto Realizado por:

António Lopes
Marta Duarte
Miguel Cunha

E quando o rosto não tem rosto, desprovido de qualquer traço, expressão? Quando o rosto é global? Podemos estar a criar um autómato vivo que represente a natureza do indivíduo e ao mesmo tempo, um monstro que oculta os defeitos, as rugosidades.

Esta instalação foi construída com o objectivo de convocar o corpo e eleva-lo a um lugar verdadeiro, sem transformações descartáveis. É um conceito poético, no sentido que desejaríamos despertar aos visitantes a sua individualidade, a sua alma, mas ao mesmo tempo, conduzi-los a um culto harmonizado do corpo visível.

Trata-se da criação de um espaço habitado por três corpos (manequins) diferentes, com rostos iguais. Estes corpos defendem um ponto de vista condenado à intemporalidade. Um ponto de vista determinado por um domínio social, cultural e epistemológico. Os manequins personificam a perda de identidade e a homogeneização do corpo que se assiste actualmente. Em simultâneo, estes corpos proferem discursos que profetizam a libertação do indivíduo com um ser único. Esta relação é propositadamente adversa, mas elevada ao que existe de facto, na realidade.

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